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Portador, especial ou deficiente! Qual o termo correto?

Para que avancemos na construção de uma sociedade inclusiva, importa muito o cuidado com as palavras que usamos para nos referirmos ao outro. Nas últimas décadas, a terminologia destinada ao tratamento de pessoas com algum tipo de deficiência (física, intelectual, visual, auditiva ou múltipla) esteve em contínuo processo de reformulação, tendo em vista a evolução de nosso entendimento sobre o tema e a nossa visão de mundo em cada contexto histórico. No século passado, por exemplo, eram perfeitamente aceitáveis adjetivos como "inválidos", "excepcionais" e até "defeituosos". Basta nos lembrarmo no Brasil, significava Associação de Assistência à Criança Defeituosa.

Hoje, essas palavras são consideradas até ofensivas e devemos deixá-las para trás. E qual que é o termo considerado adequado? Hoje, recomenda-se o uso da expressão "pessoa com deficiência". Ela é adotada pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (ONU, 2006), principal referência internacional sobre esse assunto. Essa Convenção diz que a deficiência é resultante da combinação entre dois fatores: os impedimentos clínicos que estão nas pessoas (que podem ser físicos, intelectuais, sensoriais etc) .

 

E por que foram abandonadas as expressões "portador de deficiência" e "pessoa com necessidades especiais", vistas como tentativas de amenizar o estigma e o olhar negativo gerado pelas palavras? Ou seja, por que se optou por "pessoa com deficiência" (ou "aluno com deficiência" ou "profissional com deficiência" etc)? Em síntese, por dois fatores: esta expressão não disfarça a existência de uma diferença e evita a armadilha de partirmos para argumentos simplistas, como "no fundo, todo mundo é imperfeito". Por outro lado, favorece a consciência de que, em alguns casos, é necessário um tratamento desigual para que a gente promova equidade. 

Para que avancemos na construção de uma sociedade inclusiva, importa muito o cuidado com as palavras que usamos para nos referirmos ao outro. Nas últimas décadas, a terminologia destinada ao tratamento de pessoas com algum tipo de deficiência (física, intelectual, visual, auditiva ou múltipla) esteve em contínuo processo de reformulação, tendo em vista a evolução de nosso entendimento sobre o tema e a nossa visão de mundo em cada contexto histórico. No século passado, por exemplo, eram perfeitamente aceitáveis adjetivos como "inválidos", "excepcionais" e até "defeituosos". Basta nos lembrarmos que a sigla AACD, de uma das organizações mais tradicionais e respeitadas nesse campo no ... - Veja mais em https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/rodrigo-mendes/2020/07/10/portador-especial-deficiente-qual-o-termo-adequado.htm?cmpid=copiaecola